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Cerca de 10 milhões de visitantes são atraídos pelas belezas naturais dos parques todos os anos, movimentando a economia brasileira. Mais investimento e cuidados são necessários

Por Martina Medina, para Um Só Planeta

Parque Nacional da Serra da Capivara – Fernando Tatagiba

Os parques nacionais são as Unidades de Conservação (UCs) mais populares do país. Isso porque, além de protegerem a natureza, eles permitem a visitação pública, instrumento essencial para sensibilizar a população sobre a importância da proteção ambiental. Cerca de 10 milhões de visitantes são atraídos pelas belezas naturais dos 75 parques nacionais todos os anos, movimentando a economia brasileira. A visitação triplicou na última década.

A cada 1 real investido em UCs, 15 reais retornam em benefícios econômicos para o país, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). E o potencial de crescimento é enorme. Se o número de visitantes aumentar em quatro vezes, a geração de riqueza com as UCs representaria de R$ 36 a R$ 44 bilhões do PIB e geraria até um milhão de empregos, contra os atuais R$ 10 bilhões e 200 mil empregos, segundo estudo do Instituto Semeia.

Não à toa, muitos parques nacionais têm atraído investimentos privados. No total, 27 deles possuem algum tipo de parceria público-privada. Através das concessões, por exemplo, uma empresa contratada pelo poder público cumpre uma série de obrigações enquanto oferece serviços e investe em melhorias na unidade por determinado período, tendo a cobrança de ingressos como uma das contrapartidas. As unidades continuam sendo geridas pelo ICMBio, órgão ambiental brasileiro responsável pela gestão e conservação das UCs federais. São sete parques concessionados atualmente e dois com editais abertos.

Desafios
Apesar da clara relevância dos parques nacionais, há desafios que envolvem a gestão desses espaços verdes. “O ICMBio tem uma grande deficiência de funcionários. Quando se aloca esses funcionários para atender o público, outras áreas ficam descobertas”, afirma Angela Kuczach, diretora executiva da Rede Nacional Pró UC, como um dos benefícios das concessões. Além de investir em recursos humanos para melhorar a experiência de visitação aos parques, o setor privado ajuda a incrementar a infraestrutura. Um apoio importante quando mais da metade das UCs do país não possui estrutura básica de apoio à visitação, incluindo falta de banheiros, bebedouros e centro de visitantes, de acordo com estudo do Semeia.

Para Angela Pellin, coordenadora do Projeto Motivação e Sucesso na Gestão de Unidades de Conservação do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), as concessões são importantes, mas não devem ser o único modelo adotado para melhorar os parques nacionais. “Em parques com menor potencial para geração de lucro e recursos, a concessão pode ser feita com entidades da sociedade civil, sem visar lucro”, sugere. “As UCs não têm obrigação de gerar recursos, nem mesmo para se manter porque elas mesmas são prestadoras de serviço para a sociedade”, diz. Estoque de carbono, recursos hídricos e educação ambiental são alguns deles.

Leia a matéria completa em Um Só Planeta.

 

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